segunda-feira, 28 de maio de 2012

HISTÓRICO DAS PRÁTICAS ESCOLARES NA ESCOLA PROVINCIAL PARANAENSE

PRÁTICAS ESCOLARES E PROCESSOS EDUCATIVOS NA ESCOLA PROVINCIAL PARANAENSE (1854 – 1889) RESUMO POR: MERYLIN FRANCIANE LABATUT O estudo apresentado no texto a cima, traz a base estrutural do cenário da educação pública no Paraná no período compreendido entre 1854 e 1889. De acordo com os relatórios deixados por professores, inspetores gerais de ensino, representantes políticos ou mesmo a própria população, percebe-se uma centralização do poder político ao promover a educação com maior empenho na capital, sendo raras nas cidades do interior. Assim, como nas leis e regulamentos que determinavam as diretrizes a serem aplicadas. Percebe-se a aproximação do passado com a atualidade nos relatos sobre as reivindicações da comunidade, como, verbas para a educação, a qualificação da formação de professores e das quotas para alunos pobres. Neste contexto histórico, cabia ao professor, além do ensinar, a organização e o funcionamento escolar. Nos documentos citados no texto encontramos ainda. o relato da segregação entre o sexo masculino e feminino, não apenas em relação a ocupação do mesmo espaço físico, mas também às disciplinas e conteúdos a serem trabalhados. Após a instalação da Província do Paraná, o estado procura controlar intensamente o que e como o ensinar. A Instrução Geral para a educação trazia minuciosamente cada descrição do trabalho do professor em sala de aula. Dá-se então a sistematização do ensino, surge o papel do monitor. Encontramos nas entre linhas desses desabafos históricos a realidade desoladora de uma educação carente em todos os sentidos, materiais, estruturais e físicos. Profissionais desmotivados, sem amparo político, sem preparação legalizada, alunos –filhos de famílias socialmente exclusas do poder público. Fórmula perfeita para a evasão escolar, baixo rendimento e péssima qualidade da educação gratuita no Paraná.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

É HORA DE ESVAZIAR...




MAIS UM ANO LETIVO CONCLUÍDO, MAIS UM ANO QUE TERMINA COM NEM TODOS, PORÉM, MUITOS DOS OBJETIVOS TRAÇADOS, ATINGIDOS. MAIS UM ANO NO QUAL MUITAS VIDAS ESTIVERAM EM SINTONIA COM A MINHA. FORAM VÁRIOS MOMENTOS DE TROCA, DE CUMPLICIDADE, DE BUSCA, DE MEDO E DE ENTREGA TOTAL.
AGORA É PRECISO ESVAZIAR-SE, DESMONTAR-SE, DESFAZER-SE PARA QUE EM BREVE SEJA POSSÍVEL FAZER MELHOR, CONSTRUIR DE FORMA DIFERENTE, OLHAR COM OUTROS SENTIMENTOS E OBJETIVOS.
UM ÓTIMO FIM DE ANO PARA MEUS QUERIDOS ALUNOS DO PRÉ I
E UM ÓTIMO INICIO DE ANO PARA OS PEQUENOS QUE ESTÃO POR VIR.
COM CARINHO, CURIOSIDADE E SAUDADE
PROFESSORA FRAN

quarta-feira, 8 de junho de 2011

LONGE DAS CÂMERAS PODE?

Estamos sendo vigiados constantemente, 24 horas por dias, 365 dias do ano. Primeiramente para termos mais segurança, então rapidamente mergulhamos em uma busca alucinante por câmeras e acessórios que nos proporcionassem mais tranquilidade e a sensação de controle. No inicio, apenas a placa sorria você está sendo filmado, já era o suficiente para causar constrangimento ou segurança, dependendo do lado em que estivéssemos.
Com o tempo descobrimos a magia em vigiar o outro, então, rapidamente inúmeros sites foram abarrotados por vídeos corriqueiros, divertidos e maldosos. Simples mortais se transformaram em verdadeiros fenômenos da mídia, muitos poderiam ter ficado no anonimato, pois não acrescentaram nada em nossas vidas.
Que a possibilidade de registrarmos tudo, em qualquer local e tempo, transformou nossos dias, isso é fato, que proporcionou mais segurança, isso é totalmente discutível, afinal, nunca antes assistimos em tempo real tanta violência, assaltos e assassinatos como hoje, as câmeras promovem o espetáculo, mas não evitam, muito menos inibem tais atrocidades.
Todo esse discurso é para refletir sobre um outro movimento que tal acessório tem produzido nas famílias brasileiras. Há poucos dias me deparei com uma situação bastante inquietante, uma mãe ao perceber que seu filho a respondera, procurou rapidamente se havia câmeras a sua volta e disse:"deixe eu ver se não tem câmeras, porque agora professora não pode mais bater em qualquer lugar, né!" Sentou em um banco e iniciou sua demonstração de total descontrole através de tapas, puxões de cabelo e ameaças. Situação no mínimo deprimente.
Essa mãe e outros tantos pais, se sentem constrangidos em revelar o quanto são frágeis e incapazes diante da difícil tarefa de educar seus filhos. É como se escondido, quando ninguém estiver observando, toda conduta fosse permitida, mas, longe das câmeras pode?
Penso que caminhamos tão longe no campo tecnológico, porém, ainda somos primatas ao tratarmos de nossas frustrações e impossibilidades em se relacionar com o outro.
MERYLIN FRANCIANE LABATUT

terça-feira, 3 de maio de 2011

DIÁRIO DE SALA DE AULA

ENCANTAMENTO: PODEMOS VIVER SEM??

A cada nova experiência em sala de aula, percebo que o pulo do gato para ser e fazer algo realmente com significado para uma criança passa antes de mais nada pelo ENCANTAMENTO. Um olhar diferente, um tom de voz assustador, um rodopio no meio da sala, gestos, expressões, um toque de mágica, uma rima no meio da tarde. Nada mirabolante, muito menos cênico, mas vindo do coração.
Durante meu trabalho de comemoração à Páscoa desse ano, contei histórias como de costumes, inventamos uma música nova, pois as antigas o próprio Coelho já se cansou, nada novo, a não ser a chegada de um coelho real, animal, que veio morar na escola durante um tempo, teria passado quase desapercebido se não fosse um momento especial; em roda, sentados no chão disse à meus alunos que tínhamos um amigo novo morando em nosso bosque e que ele adorava carinhos e cenourinhas e crianças que falam baixo. Pronto, as sementes da curiosidade, do respeito e da adoração havia sido entregue.
O coelho era real, não botava ovo, muito menos de chocolate, fiquei feliz em perceber que meus alunos apesar de terem apenas 4 anos descobriram isso e acreditem não ficaram traumatizados, muito desapontados, ao contrário, o maior presente de Páscoa para minha galerinha foi passar um bom tempo com um animal macio, comilão e que corria muito mais que eles. A identificação foi tanta que uma aluna chegou a dizer colocando-o bem ao lado de seu rosto: "Profe, nós somos irmãos né? Somos muito parecidos.
Feliz Páscoa Encantada

sexta-feira, 4 de junho de 2010

RUMOS DA EDUCAÇÃO


 O que têm em comum o antropólogo e pesquisador musical Hermano  
Vianna; Will Wright, o criador da famosa série de jogos eletrônicos, "The Sims"; Marc Prensky, criador de jogos educativos; e o biólogo E. O. Wilson, professor emérito de Harvard e vencedor do Prêmio Pulitzer, um dos mais influentes cientistas norte-americanos? Eles são unânimes em afirmar que os games fazem parte do futuro da educação.


Apesar de ainda haver resistências, a opinião desses estudiosos merece atenção. O crescimento do mundo dos jogos, e sua importância na vida contemporânea, principalmente na dos jovens, é uma realidade. No entanto,quando se trata da aplicação de jogos na educação, essa discussão é ainda muito inexpressiva no Brasil.


A maneira como os jovens se enxergam se modificou, assim como a realidade do ensino. De cinco anos para cá pesquisadores vêm afirmando que a tendência da área de educação é extrapolar os limites da sala de aula. Assim, a inserção da tecnologia ficou mais importante. Hoje, é por meio da internet que muitos jovens se expressam. Não é possível pensar em educação à margem dessa realidade. Os nativos digitais (termo muito usado por Marc Prensky para definir os que já nasceram com acesso à tecnologia) preferem receber a informação de múltiplas fontes, enquanto realizam várias tarefas ao mesmo tempo (se correspondem por e-mail, assistem a vídeos no YouTube, ouvem música pelo MySpace, etc).



 Esse comportamento confere aos estudantes de hoje características diferentes em relação às gerações anteriores. Muitos afirmam que eles se comportam dentro da mesma dinâmica dos jogos, ou seja, preferindo aprender somente o que é relevante, imediatamente útil e divertido. Assimilam e aplicam esse conhecimento no dia a dia. Seja pela internet, pelo videogame, ouvindo música ou trocando mensagens...



MARIA LUCIA WILLEMSENS  (superintendente da Cultura Inglesa) O Globo - 02/06/2010